“ ESFORÇA-TE, E FAZE A OBRA! ” (I Cr 28:10b)
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...” (Ec 9:10a)
“E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens...” (Cl 3:23)
SUGESTÃO DE ESTUDO PARA REUNIÃO DE MULHERES NO MÊS DE OUTUBRO
ENVOLVA-SE NO TRABALHO MISSIONÁRIO
Há 3 maneiras, bem objetivas, de se envolver no trabalho missionário: indo, orando e contribuindo. Temos notícia de várias mulheres que se envolveram com o trabalho missionário, nessas três áreas, em toda a história do cristianismo. Muitas não tiveram seus nomes divulgados aqui na Terra, mas, com certeza, eles o foram lá no céu.
Conhecer as histórias de Gladys Alwards e Lillias Trotter, por exemplo, é enriquecedor.
Gladys era uma empregada doméstica de meia idade, que não foi aceita por nenhuma entidade missionária, mas não desiste da missão que Deus estava lhe dando. Viaja então de trem, sozinha, da Inglaterra à China, em tempo de guerras nas regiões por onde passava o trem. Ela se estabeleceu naquele país, onde aprendeu o idioma e se envolveu de tal forma com o povo chinês, levando a Palavra e o amor de Deus, que chegou a ser considerada uma chinesa. Pelo resto de sua vida, ela realizou um trabalho gigantesco naquele país continental.
Lillias abriu mão de uma promissora carreira como artista plástica e dedicou sua vida ao trabalho missionário no norte da África, na Argélia, apesar da sua fraca saúde.
Essas e outras histórias são narradas no livro de Noel Piper, Mulheres fiéis e seu Deus maravilhoso, da editora Fiel (vale a pena conferir). Tivemos e ainda temos muitas outras mulheres que se envolveram com missões, contribuindo muito para que, hoje, sejamos quem somos, pela graça do Senhor, como mulheres cristãs evangélicas no Brasil. Não podemos deixar de falar de dona Betty Bacon, de dona Clotilde Johnson, de dona Anna Barnett, dentre tantas outras.
“Ah... mas já passei da idade!”, você pode pensar. Sabemos de mulheres (e homens também) que partiram para campo missionário após suas aposentadorias e que foram grande bênção nas mãos do Senhor, como foi o exemplo da irmã Lídia, de São José dos Campos, que se instalou no Uruguai, onde serviu ao Senhor até sua morte. Tivemos o prazer de conhecer a Ana Maria Costa, quando pregou em um de nossos retiros nacionais, que, sendo casada, com filhos pequenos e um emprego público, não se viu impossibilitada de se envolver com missões e abriu uma agência na garagem da sua casa (a missão AMIDE).
Outra forma de se fazer missões é orando pelos missionários e pelos povos não alcançados. Após a Guerra da Revolução nos Estados Unidos, vários grupos de mulheres cristãs organizaram-se para levantar ofertas para missões nacionais e estrangeiras. Um dos primeiros grupos foi de mulheres Quakers. Em 1800 em Boston, organizaram-se mulheres Batistas. Em 1801 foi a vez das Presbiterianas e em 1819, das Metodistas. Assim, muitas organizações de mulheres formaram-se para apoiar missões. E 1890 havia 34 sociedades femininas ligadas à missão que oravam por missões, levantavam ofertas para missões, enviavam missionárias e as sustentavam. Esses grupos de mulheres americanas resolveram voltar seus olhos e erguer orações a favor da América do Sul, especialmente em favor do Brasil, para que fosse alcançado com a mensagem do Evangelho. Se hoje há igrejas evangélicas fortes e firmes na Palavra e tantas pessoas salvas no Brasil, é em resposta às orações dessas irmãs.
Mas não apenas orações. Aquelas irmãs, e tantas outras, na Inglaterra e até no Brasil, têm sustentado o trabalho missionário financeiramente, também.
No final da década de 1950 e início da de 1960, as mulheres da Igreja Cristã Evangélica Central de Goiânia tiveram a visão de ajudar a abrir um trabalho missionário na nova capital do país, que estava sendo construída na região Centro-Oeste. Enviaram um casal de missionários, e virgula com suas ofertas, equiparam um salão para os cultos e ajudaram a sustentar o trabalho num bairro chamado IAPI. Esse bairro foi desapropriado, posteriormente, e as famílias, transferidos para a nova cidade em construção, chamada Ceilândia. O material de madeira do antigo templo lá do IAPI foi a garantia ao direito que a igreja tinha há um lote na nova cidade e, com o empenho da liderança denominacional e o esforço de outra família pastoral e de alguns irmãos, a Igreja Cristã Evangélica de Ceilândia foi construída é instalada. A UAF (União Auxiliadora Feminina) da Central de Goiânia também foi a agência através da qual foram firmadas as congregações do Conjunto Aruanã (hoje, a igreja do conjunto Riviera), do Jardim Guanabara e do Cruzeiro do Sul, entre outras. Todas essas igrejas são fruto das ofertas das mulheres.
Mulheres que se dispuseram a ir, a orar e a contribuir!
E nós, o que temos feito e ainda podemos fazer?
Jesus disse a seus discípulos uma vez: “Levantem os olhos e veja os campos, pois estão maduros para a colheita.” (Jo 4:35)
O bastão hoje está em nossas mãos.
Ore, pense, seja sensível à voz de Deus e disponha-se a ser usada por Ele no trabalho missionário.
Educ. Débora Duarte S. Bastos
Redatora
Revista Diadema Real
ANO XXX SET – DEZ/2020 Nº 98
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