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O ÚNICO SENHOR DA MINHA FAMÍLIA


“Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos; sobre aqueles que guardam o seu concerto,

e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprirem” (Sl 103:17-18 – ARC) “...por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”

(Lc 1:35 – ARA)


O Natal se aproxima e, ao falarmos sobre a família, um dos mais preciosos projetos de Deus, não podemos deixar de nos espelhar na família escolhida por Ele para abrigar Seu filho

aqui na Terra e ser a família Dele.


Eis o fato mais surpreendente, extraordinário e maravilhoso em toda história humana: “Jesus Cristo, o Filho de Deus, a 2ª Pessoa da Trindade, se fez um de nós”.


O Criador virou criatura, o Pai da eternidade entrou no tempo como Filho, pelo curso natural da vida. Nascido de mulher; adotado por um pai dedicado; tendo irmãos, avós, tios, primos, cunhados(as). E, por ter se esvaziado de Sua glória, experimentou nossas limitações, passando a depender dos cuidados de Seus pais e do aconchego de um lar, onde pudesse crescer em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lc 2:52).


Ah! Que privilégio tem os filhos que são amados e educados num lar onde Deus é honrado e Sua Palavra é ensinada com esmero, para que se tornem íntegros, equilibrados emocional e socialmente e comprometidos com a vontade de Deus. Aquele casal, com tão poucos recursos, enriqueceu seus filhos com muito amor, bom testemunho e com o temor do Senhor.


José e Maria assumiram seu chamado e a missão de formar bem sua família e, assim, cumpriram o propósito de Deus para suas vidas. De início abstiveram-se da intimidade conjugal, por respeito ao “ente santo” que Maria trazia em seu ventre (Mt 1:18-25). Depois disso, desfrutaram plenamente de sua união e o Senhor lhes abençoou com filhos e filhas que encheram de alegria a sua habitação. Desse amor nasceram Tiago, José, Judas e Simão, além de algumas filhas, cujos nomes não foram citados (Mc 6:3; Mt 13:55).


O esforço deles foi inteiramente recompensado, vendo seus filhos se tornarem bons discí- pulos de Cristo, após a ressurreição de Jesus. Tiago tornou-se líder renomado na Igreja, e Judas, um escritor inspirado. Os outros “irmãos do Senhor” são citados em I Coríntios 9:5, juntamente com suas esposas em viagens missionárias.


O empenho daquele casal na criação de seus filhos nos revela preciosas lições quanto ao valor da família no projeto divino. Os dois foram exemplares nos papéis desempenhados, mas permita-me enfatizar um pouco mais a atuação daquela mãe.


1. APRECIAR CADA OPORTUNIDADE RECEBIDA


“...Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!” (Lc 1:28 – NVI). De fato, foi grande o privilégio dado a ela, mas perceba que o elogio angelical não apontava às suas virtudes e, sim, à graça que lhe foi concedida. Tratava-se de uma moça íntegra, temente e disposta a servir. Dela foi dito que era “bem-aventurada entre as mulheres”, não acima das mulheres, mas como uma de nós, consciente de que a ênfase estava na criança, e não nela. Isso não a incomodou, pois seu maior desejo e prazer era o de exercer bem o papel que Deus lhe designou.


O Senhor deseja fazer grandes coisas através de sua vida e família. Ele procura por pessoas comprometidas e dispostas, que se portem com integridade e que valorizem a Palavra Dele em seus corações. Não gostaria de ser escolhida também?


Para aquelas que são mães, ou pretendem ser, saibam que o Senhor lhes agracia com a honra de preparar seus filhos como embaixadores do Reino Dele, representantes de Cristo, discipulados em seus lares e corações para que venham alegrar o coração de Deus.


2. ESTAR DISPONÍVEL


“Aqui está a serva do Senhor” (Lc 1:38 – ARA). Ela se submeteu, sem reservas, a obedecer, oferecendo seu ventre, sua vida e sua alma. Disposta, inclusive a mudar sua agenda, desistindo de alguns sonhos, a fim de realizar o que fosse necessário à missão designada a ela – “que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (v.38).


3. ENTENDER QUE PRIVILÉGIOS TÊM SEU PREÇO


O que o anjo lhe revelou foi maravilhoso, mas só ela escutou; não havia testemunhas. Agora, imagine ter que explicar isso à sua família e enfrentar a decepção no olhar do seu amado. Sem falar do risco de ser apedrejada pela desonra de um possível adultério.


Mas não é justo censurarmos José por cogitar um divórcio. Aquela explicação era mesmo “difícil de engolir”. Não fosse o Senhor, apaziguando seu coração, facilmente teria fraquejado. Temos, no entanto, um destaque impressionante sobre ele, pois não há registro algum de qualquer palavra que tenha proferido. Apenas creu e obedeceu. Nem sempre outros enxergarão o que fazemos para Deus. Mas Ele vê, se alegra e nos recompensa, como fez com José.


A obediência abre portas para muitas bênçãos, mas tem seus custos. Os jovens que decidem fugir da imoralidade, agradam a Deus, mas também se expõem ao escárnio e impopularidade. A integridade, o pudor e a santidade podem lhes custar um(a) namorado(a), uma amizade ou até uma chance de uma promoção. Mas a recompensa compensará!


4. ENTENDER QUE NÃO EXISTE FAMÍLIA PERFEITA


Não é por ter sido escolhida que Maria se tornou uma supermãe. Continuava sendo ela mesma, com suas virtudes e limitações. Era cuidadosa, mas ainda assim perdeu seu Filho na multidão (Lc 2:43-52). Nem ela nem José entenderam plenamente o ministério de seu Filho, por isso, ao chamarem sua atenção, tiveram que ouvir: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu deveria estar na casa do meu Pai?” (NTLH). E, no casamento de Caná, ela foi lembrada que não era ela que faria a agenda de seu Filho, mas o Pai Dele, que está no Céu – “Mulher, não é chegada minha hora”. E, quando ela e os filhos tentaram interferir no ministério de Jesus, ouviram constrangidos: “- Quem é minha mãe? E quem são os meus irmãos? ... Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3:33-35 – NTLH).


5. ENTENDER QUE SOMOS TODOS APENAS DISCÍPULOS (At 1:14)


A última vez que é mencionada na Bíblia, Maria estava no Cenáculo, com outros crentes, após a Ressurreição, aguardando o derramamento do Espírito. E, ao ser “batizada”, não ficou “mais cheia” que os demais, nem foi elevada a um lugar de destaque. Na verdade, dali em diante, seu papel foi bem discreto. Tiago e Judas se tornaram líderes e escritores, mas não a mencionaram em seus escritos, nem nas demais epístolas. Seu propósito não era estar no centro (Lc 1:46,47), mas trazer ao mundo Aquele que é o centro de tudo: o Único digno de ser adorado e obedecido.


Que essas lições nos ajudem, ainda hoje, a organizar nossa vida de tal forma que Deus possa ser, de fato, O ÚNICO SENHOR DE NOSSAS FAMÍLIAS.


Por Pr. Agnaldo Faissal

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