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O ÚNICO SENHOR DOS MEUS TALENTOS


“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes.” (Tg 1:17 – NVI)

“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.” (I Pe 4:10 – NVI)



Jesus contou muitas parábolas sobre o Reino dos Céus ou que apontavam para ele, cujo propósito foi o de ensinar sobre a importância de pertencermos ao Reino de Deus e como deveriam viver os súditos desse Reino aqui na terra.


Um Reino implica no governo de um rei a quem os súditos devem obediência e de quem eles dependem. No caso do Reino dos Céus, que na verdade já começa aqui na Terra, sabemos que o Rei em questão é o próprio Jesus, porém, como este reino é de cunho espiritual e não físico, é fácil nos esquecermos que Jesus Cristo é o Senhor absoluto de tudo que possuímos e somos, a Quem devemos obedecer e dedicar nossas vidas.


Em Mateus 25, vemos o relato da parábola dos talentos (vs. 14-30). Segundo Craig L. Blomberg, em seu livro Pregando as Parábolas, Ed. Nova Vida, “...no mundo romano do primeiro século, um talento era a moeda de mais alto valor, equivalente a vinte anos de trabalho recebendo salário-mínimo... Jesus está usando imagens familiares para representar simbolicamente uma verdade espiritual. Tudo o que Deus nos concede – nossos bens, capacidades, oportunidades, tempo, circunstâncias – ele nos ordena que administremos bem.” (pág. 253)


1. DEUS NOS TEM CONFIADO OS SEUS TALENTOS


A partir da parábola dos talentos, então, podemos entender que o senhor daqueles servos chamou cada um e lhes deu quantidades diferentes de talentos, mas cada um recebeu algo de seu senhor. O Senhor Deus também nos tem dado


inúmeros e valiosos talentos, como os citados acima. Esses ‘talentos’, no entanto, não são nossos. São propriedade do Senhor, que Ele coloca em nossas mãos a fim de administrarmos. Alguns servos administraram bem e foram elogiados, um, porém, não se esforçou para fazer render o


talento que o senhor confiou em suas mãos e por ele foi repreendido e castigado.


Precisamos entender que tudo que temos e somos não é nosso, mas de Deus. Ele é o dono da nossa vida, de tudo que possuímos e conquistamos, de nossa família, nosso tempo e oportunidades. Tudo isso é colocado em nossas mãos, sob nossa responsabilidade, mas nunca podemos nos esquecer de que pertencem, de fato, ao Senhor e que estão sob os nossos cuidados para serem bem administrados, desenvolvidos e multiplicados.


Quando Davi juntou todo o material para a construção do templo, ele orou ao Senhor assim:


“Mas quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti, e nós apenas te demos o que vem das tuas mãos.” (I Cr 29:14 – NVI). Essa precisa ser a nossa atitude em relação a tudo que recebemos das mãos do Senhor, inclusive nossos talentos e dons. Eles vêm de Deus e Ele os deu a nós com objetivos definidos, para O servirmos, servindo aos outros e à igreja.


2. DEUS NOS TEM CONFIADO DIFERENTES TALENTOS


Sendo o nosso Criador, Deus nos conhece muito bem, sabe o que é o melhor para nós e nos dá tudo que precisamos para viver e para servi-Sendo o nosso Criador, Deus nos conhece muito bem, sabe o que é o melhor para nós e nos dá tudo que precisamos para viver e para servi-Lo.


Assim, Ele dá a cada um de nós diferentes dons, talentos e habilidades. Se todos fôssemos iguais, como seria sem graça o mundo e as relações humanas, pois seríamos todos autossuficientes, sem necessitar de ajuda e complemento que o outro pode nos oferecer. Realmente, ‘Deus é um grande sabedor!’, como diz o jargão. Tendo diferentes habilidades e fragilidades, os seres humanos podem se ajudar mutuamente, dar lugar à humildade em vez do orgulho e prepotência e podem desenvolver tantas outras características que ajudam em seu amadurecimento. Sobre isso podemos ver todos os textos sobre os dons, seu uso e nossa atitude diante deles, comparando-os às funções dos diferentes e importantes órgãos do corpo humano (cf. Rm 12; I Co 12 e 13; Ef 4).


Não sei se é impressão minha, mas, ao ler a parábola dos talentos, penso que é bem

possível que o servo que recebeu apenas 1 talento e resolveu guardá-lo por julgar ser pouco, tenha comparado a quantia recebida à que os outros haviam recebido. Na hora de se justificar com o senhor, ele não disse isso, é claro. Foi falar do que achava do caráter do patrão (um tiro no pé, não é?!), talvez até para esconder o que estava em seu coração, como muitas vezes fazemos, erroneamente, quando pecamos no íntimo e saímos por aí acusando outros, nos justificando de forma realmente injustificável.


Na parábola sobre os trabalhadores da vinha (Mt 20:1-16), vemos exatamente essa questão do ciúme, do senso de estar sendo injustiçado e da preocupação com ‘o que o outro tem que eu não tenho’. Sentimentos que produziram a atitude que roubou de grande parte dos trabalhadores da vinha a oportunidade de serem elogiados e abençoados por seu senhor.


Isso também pode ocorrer conosco facilmente. Para que não caiamos nessa cilada do inimigo, devemos ficar focados no que temos recebido de Deus, no que Ele tem colocado em nossas mãos, e não olhar para o que os outros estão fazendo ou para como eles têm recebido mais talentos que nós. Nossa atitude deve ser de gratidão por tudo que recebemos de Deus com o compromisso de fazermos valer a Sua escolha de colocar isso em nossas mãos


3. OS TALENTOS NOS SÃO DADOS PARA SERVIRMOS A DEUS E AS PESSOAS


Deus não nos concede dons, talentos, habilidades e oportunidades para o nosso bel-prazer. O objetivo do Senhor é que usemos tudo que Ele coloca em nossas mãos para O servirmos, servindo aos outros. Então, o cerne da questão não é o que me agrada ou me dá prazer, mas o que agrada e dá prazer ao Senhor, o único Senhor dos meus bens e talentos.


Assim sendo, não devemos servir na igreja, ou em qualquer outro ambiente onde Ele nos colocar, fazendo apenas o que gostamos de fazer, o que produz em nós senso de realização pessoal. Devemos servir naquilo que está sendo necessário naquele momento, aproveitando as oportunidades que Deus está nos dando, quem sabe até para desenvolvermos outras habilidades e dons. Muitas vezes ficamos presos a uma determinada atividade ou função por termos dom para aquilo, quando Deus pode estar querendo que façamos outras coisas, talvez para que outros tenham a oportunidade de aprender a fazer o que já sabemos fazer. Confira as referências de Eclesiastes 9:10 e Provérbios 3:27. Podendo ajudar de alguma forma, devemos servir ao Senhor servindo e ajudando as pessoas, com amor e como para o Senhor (Cl 3:23).


4. DEUS NOS PEDIRÁ CONTAS DOS TALENTOS A NÓS CONFIADOS


Vivemos no corre-corre da vida terrena, mas Colossenses 3:2 nos exorta: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (ARA). Nossa fé aponta para o céu, onde encontraremos o Senhor. E, no dia desse encontro, prestaremos conta do que nos foi confiado. O que fazemos com os talentos que recebemos terá efeitos futuros. Devemos, portanto, trabalhar com diligência e responsabilidade, investindo bem a nossa vida e os dons que Deus nos deu, pois um dia todos teremos de prestar contas a Jesus quando Ele voltar. Investir os talentos significa que devemos desenvolver essas competências em prol do Reino de Deus.


Quais talentos Deus tem lhe concedido? Você tem desenvolvido ou enterrado os talentos que o Senhor tem lhe dado? Ore sobre isso e seja uma bênção no uso desses talentos.


Por Débora Duarte da Silva Bastos

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