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O EXERCÍCIO DA ORAÇÃO

Foto do escritor: Mulheres em AçãoMulheres em Ação

“Se quereis saber quão doce é a secreta comunhão,

Podereis mui bem prová-la e tereis compensação;

Procurai estar sozinhos em conversa com Jesus:

Provareis na vossa vida Seu consolo e Sua luz.” (Salmos e Hinos, nº 489)

Texto bíblico: Mateus 6:5-13


Ao observarmos a vida de Jesus, é impossível ignorar um dos maiores exemplos que Ele

nos deixou: sua vida de oração. Jesus orava em todos os momentos, seja de madrugada,

nos montes, sozinho ou em público, Ele sempre se dedicava à oração. Se Cristo, o Filho

de Deus, não deixou de lado uma vida de oração durante o tempo em que esteve encarnado (Hb 5:7), quanto mais nós, seres fracos e limitados, precisamos dela! E que

conforto é saber que Ele ouve cada oração dos Seus filhos, mesmo quando parecem frágeis

como cristais de gelo.


Devemos lembrar que a oração não é um meio de impor nossa vontade no céu, mas uma confissão sincera da nossa dependência do Senhor. Quanto mais nos aproximamos

de Deus, mais enxergamos nossas fraquezas e a necessidade de sermos moldados à

imagem de Cristo. Nesse sentido, a oração se torna uma prática que não apenas nos conecta a Deus, mas também nos ajuda a desenvolver virtudes essenciais como disciplina, constância, fé, perseverança e gratidão, glorificando assim o nome de Deus.


A oração foi instituída por Cristo (Mt 6:5), ensinada (Mt 6:9-13) e incentivada (I Ts 5:17) para

que, por meio dela, o ser humano fosse transformado. Jesus esperava que Seus discípulos

mantivessem uma vida de oração constante, e mais do que isso, Ele tinha a certeza de que

eles seguiriam esse caminho, pois deixou Seu exemplo e instruções claras sobre a importância da oração.


Para compreendermos melhor sobre a oração, é essencial focarmos nos ensinamentos de

Cristo. Em Mateus 6, Ele utiliza três exemplos para nos instruir:


1. O EXEMPLO DOS HIPÓCRITAS (v. 5):

Eles gostam de orar, o que parece positivo, mas suas orações não são voltadas para Deus. Na verdade, eles amam a si mesmos e buscam a oportunidade de se exibir publicamente.

O problema que Jesus aponta não é a postura externa de oração, mas a intenção do coração. Esses hipócritas oravam buscando o aplauso dos homens. Aqui há uma advertência: é possível frequentar a igreja pelos mesmos motivos que os hipócritas frequentavam as sinagogas, não para adorar a Deus, mas para construir uma reputação de

piedade. Devemos examinar nosso coração, pois uma intenção errada pode anular uma atitude correta.


2. O EXEMPLO DOS PAGÃOS (v. 7-8):

Jesus critica a superficialidade das orações desses povos. O termo grego “battalogeo” representa a repetição vazia de palavras, como um “blá, blá, blá” que eles acreditavam ser suficiente para que Deus os ouvisse. Cristo não condena a repetição em si, mas a falta de profundidade e de conexão genuína com Deus. Os pagãos erravam por ter uma visão

equivocada de Deus, acreditando que atos mecânicos seriam suficientes para agradá-Lo. Jesus corrige essa visão, ensinando que Deus, como Pai onisciente, já conhece nossas necessidades antes de pedirmos. À medida que compreendemos isso, aprendemos a descansar em Deus.


Até aqui, vimos que nossas orações não devem ser guiadas por intenções erradas ou por

superficialidade. Agora, Cristo nos ensina como orar de forma adequada:


3. O EXEMPLO DO CRISTÃO (v. 9-15):

Neste trecho, Jesus está falando de orações particulares, sem desvalorizar as orações públicas, as quais Ele mesmo praticou. No entanto, aqui Ele nos dá orientações claras sobre a oração individual.


• ENTRE NO SEU QUARTO: O ponto não é o local físico, mas a necessidade de um espaço

sem distrações. A palavra grega usada para “quarto” (tameion) era frequentemente associada a uma sala de armazenamento de tesouros. Cristo sugere que, ao entrarmos nesse lugar secreto, encontramos nosso maior tesouro: a presença de Deus.


• ORE DA SEGUINTE MANEIRA: Jesus oferece um modelo de oração. Não é uma fórmula

rígida, mas uma estrutura para nos guiar. Como Romanos 8:26 ensina, muitas vezes não

sabemos como orar, mas esse modelo de Jesus nos dá diretrizes valiosas:

◦ Deus é um Pai pessoal e poderoso, digno de adoração (v. 9): Antes de fazermos

qualquer pedido, devemos honrar e adorar a Deus. Quando colocamos Deus em Seu devido lugar, tudo o mais em nossas vidas se organiza de maneira correta.

◦ Devemos desejar o governo de Deus em nossas vidas (v. 10): Com amor e confiança,

devemos pedir que a vontade de Deus prevaleça, sabendo que Ele nos ama profundamente, como demonstrado na cruz (Rm 8:32).

◦ Devemos confiar em Deus dia após dia (v. 11): Ao pedirmos nosso pão de cada dia,

aprendemos a viver sem ansiedade quanto ao futuro, confiando que Deus suprirá nossas

necessidades.

◦ Precisamos clamar pelo perdão de Deus(v. 12): Reconhecendo nossa pecaminosidade,

pedimos perdão e, assim como recebemos o perdão de Deus, somos chamados a

perdoar os outros.

◦ Devemos pedir proteção contra as tentações (v. 13): Oramos para que Deus nos

guarde das armadilhas espirituais e das tentações do maligno, buscando Sua proteção

moral e espiritual.


À semelhança de Cristo, que possamos nos dedicar à oração, experimentando a presença

de Deus de maneira profunda. A oração é um convite para ouvirmos e obedecermos à Sua

voz à medida que nos dedicamos à oração. Nossa semelhança com Cristo se fortalece e

somos moldados para viver de acordo com os propósitos de Deus, sendo continuamente

transformados.


Oração: “Senhor, pelos méritos de Cristo, me coloco diante de Ti. Reconheço Tua grandeza,

Teu amor e também os meus pecados. Rogo pelo Teu perdão, ajuda e fortalecimento, pois

sem Ti nada sou e nada posso fazer. Entrego minha vida completamente a Ti, seja feita a Tua vontade. Amém!”



Lisiane Taís Velho Tussini



 
 
 

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