“...O SENHOR, O NOSSO DEUS, É O ÚNICO SENHOR” (Dt 6:4 – NVI)
“Riquezas e glórias vêm de ti, Tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder...”
(I Cr 29:12a – ARA)
Outros textos bíblicos: (Ne 9:5-6; Pv 22:9; Pv 3:9-10; Mt 6:19-21, 24-36)
Dinheiro, bens e riquezas são assuntos relevantes e tratados intensamente na Bíblia. Desde o início da história humana, por causa da queda, essas coisas tentam ocupar nosso coração, como um ‘deus’, trazendo-nos sofrimento, ansiedade e desviando-nos do propósito para o qual fomos criados. Jesus nos orientou a buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua justiça, pois as demais coisas nos seriam acrescentadas (Mt 6:33). Temos um Pai, que nunca nos abandona (Hb 13:5).
Na forma de lidar com os nossos bens, é possível demonstrar caráter cristão, em uma sociedade corrupta e pervertida? É pecado ter muito dinheiro? Alguém disse que o dinheiro é um “ótimo servo, mas um péssimo senhor”. No Sermão do Monte, Jesus usa 22 versículos para tratar do assunto, e nos convida a “ajuntar tesouros no céu” (Mt 5:20). Ele nos alerta sobre não ser possível servir a dois senhores: Deus e Mamom (Mt 6:24). Mas quem é Mamom? Mamom é uma palavra de origem aramaica que designa ‘riqueza ou prosperidade’. Em diferentes culturas, Mamom é representado pela figura de um nobre de aparência desfigurada, carregando sacos de moedas para subornar as pessoas. Ele é a personificação do “deus rival”, que disputa o nosso coração! (Ribeiro, Fabiano: in Derrote Mamom, págs. 20 e 21). Embora existam “especialistas” n
o assunto, cremos que a maior autoridade para nos ensinar sobre nossos bens é Aquele que é Criador e Senhor de todas
as coisas, incluindo a nossa vida. Pensemos um pouquinho sobre isso, à luz da Sua palavra:
1. TUDO FOI CRIADO POR ELE E PARA ELE (Sl 95: 1-7) Nesse texto, o salmista nos convida a cantar ao Senhor, o Deus supremo, em cujas mãos estão as profundezas da Terra! Tudo é Dele e nós somos Seu povo! Esse senso de pertencime
nto deveria apontar para uma vida de submissão a Deus, crendo que Ele cuida de nós e que tudo o que coloca em nossas mãos é pura dádiva de Seu amor e bondade!
2. OS RECURSOS (BENS) DE QUE DISPOMOS DEVEM HONRAR O SENHOR (Pv 3:9- 10; Ml 3:10-12; Dt 26:2,10-11) Deus recebe a honra e ricas bênçãos são derramadas sobre nós! Essa é a Sua promessa! Ser dizimista e ofertante, investir no Reino é prestar adoração ao único Senhor. Honramos a Deus cuidando com diligência de tudo que possuímos, sendo generosos com a obra missionária, ajudando o próximo, evitando o desperdício, o consumismo e a ostentação.
3. TER DINHEIRO NÃO É PECADO (I Tm 6) Paulo a
lerta a Timóteo sobre o perigo da riqueza e diz que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (v.10). Crentes no Senhor Jesus expressam sua piedade ‘com contentamento’, amando a Deus sobre todas as coisas, alegrando-se pelo Seu cuidado diário (v.8). Edwin L. Cole, em seu livro: Comunicação, sexo e dinheiro, afirma: “Não é errado ser rico. Errado é conf
iar nas riquezas, pensar que temos o poder de obtê- -las sem a graça de Deus, usá-las apenas para nossa satisfação, ser ávido por elas, buscá-las através de planos de enriquecimento rápido, desejá-las sem escrúpulos ou obtê-las ilegalmente. A riqueza não é ruim. Quando adquirida com integridade pode ser uma bênção.” (Pág. 163)
4. DEUS É O DONO. SOMOS APENAS MORDOMOS (I Co 4:2) Ser mordomo é administrar, cuidar, guardar o que está sob nossa responsabilidade. Paulo diz: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (ARA). Na parábola do servo vigilante (Lc 12), Jesus nos fala do zelo daquele que serve enquanto o seu senhor não volta. Nós, também, estamos no mundo cuidando daquilo que o Senhor nos deu, até que Ele volte.
5. OS RICOS NÃO DEVEM COLOCAR O CORAÇÃO NAS RIQUEZAS (Sl 62:10b) O salmista nos adverte: “Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (ARA). Em Lucas 12:15, no episódio da divisão de uma herança, Jesus disse: “Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, por
que a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem” (NAA). Jesus condena a avareza e pede que aquele interlocutor corrija sua visão sobre aquilo que somos. Nesse sentido, concordamos com Patrick M. Morley quando diz em seu livro O homem de hoje, p. 61: “Quando os bens e o dinheiro se tornam substitutos para a nossa verdadeira identidade, a pessoa que somos fica ligada a coisas que enferrujam e apodrecem.”
6. A ENTREGA DOS BENS AO SENHOR É UM ATO DE ADORAÇÃO E LOUVOR (I Cr 29) Nesse capítulo, Davi e seus príncipes doam e preparam o material que seri
a usado na construção do templo, tarefa que mais tarde Salomão iria cumprir. Suas atitudes são dignas de serem imitadas: - Davi ofertou porque amava a casa do Senhor (v. 3). - Davi ofertou o melhor. O Ouro de Ofir era de qualidade superior (v. 4). - Davi estimulou outros a ofertarem com generosidade (v. 5). - Davi bendisse o Senhor reconhecendo Sua grandeza, poder, honra e majestade (v. 11). - Davi reconheceu que só poderia ofertar porque tudo vinha do próprio Deus (v. 14). Concluindo, quero desafiar você a refletir sobre esse tema com humildade e submissão. Talvez precisemos tomar decisões, mudar comportamentos, para honrar a Deus como Ele merece. Que Ele nos ajude a lidar com nossos bens de forma a demonstrar que somos submissos ao Seu senhorio.
ATENÇÃO!!! Setembro é o mês de MISSÕES.
Faça sua doação: MCE - Missão Cristã Evangélica, Ba
nco do Brasil, Ag.: 5886-6, c/c: 9491-9
Por Celene Pereira de Araújo Lima
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